Grupo que roubava veículos e adulterava placas para comprar armamento é alvo de operação

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Mandados foram cumpridos em Porto Alegre, Gravataí e Charqueadas. – Foto: Miguel Noronha

A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (1ª DIN) do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), com apoio da Polícia Penal, deflagrou, nesta segunda-feira (21/8), a Operação Calidum, que investiga organização criminosa voltada ao tráfico, ao roubo de veículos e à adulteração de placas para compras de armas de fogo. Foram cumpridas 12 ordens judiciais, sendo duas prisões temporárias, três prisões preventivas, cinco ordens de busca e apreensão e um bloqueio de contas bancárias no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre, em Gravataí, na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC), e Penitenciária Estadual de Porto Alegre (Pepoa).

Até o início desta manhã, cinco pessoas já haviam sido presas. Também foram apreendidos pelo menos 12 celulares, além de drogas. A operação contou com 20 policiais civis, equipados com e viaturas policiais, além de 20 policiais penais.

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As apurações iniciaram em dezembro de 2022, quando a 1ª DIN/DENARC prendeu um indivíduo com drogas e materiais para embalar drogas, no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre. A droga era avaliada em cerca de R$ 10 mil.  A partir dessa apreensão, foi verificado que um esquema de distribuição de drogas estava em curso em Porto Alegre, no contexto de crime organizado. O grupo também era responsável por roubos e adulteração de veículo.

Foi apurado que nove pessoas mantinham rotina de compra e venda de drogas em grandes quantias, bem como movimentação ilícita de valores nas contas bancárias diariamente. A base territorial do grupo é no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre, mais específico na localidade chamada “Buraco Quente”. O grupo integra uma facção local.

A investigação apurou que além do tráfico de drogas, o grupo comprava armas de fogo de grosso calibre para ataque a facções rivais e para aumentar os lucros através de roubo de veículos, adulteração de placas e revenda desses veículos ilegais. O grupo é especializado na distribuição de maconha na capital e também na lavagem de capitais mediante transferência reiterada dos valores para contas de terceiros.

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A investigação está em estágio avançado, de modo que as prisões são necessárias para a conclusão do inquérito policial e demonstração de vínculos entre os indivíduos.

Os presos temporários serão interrogados e conforme as demandas investigativas poderão ser liberados ou requeridas as prisões preventivas.