Existem poucas dessas mulheres no mundo ainda. Dotadas de uma fé colossal, as benzedeiras diminuem seu número a cada ano, a cada geração. Em Camaquã, não é diferente. Apesarem de ainda serem muito procuradas pela comunidade, não é tão fácil assim encontrar essas mulheres que utilizam a fé e energia como cura.
A procura por elas é motivada por diversos motivos: um período ruim na vida amorosa, profissional ou familiar; um problema de saúde, encalho, dores e uma infinidade de preocupações.
Afinal, uma geração inteira já foi até uma benzedeira para curar uma bronquite ou até mesmo um mau olhado. Em entrevista para o Camaquã Notícias, uma senhora, relata o que aconteceu com as benzedeiras após todos esses anos.
De acordo com ela, que preferiu não se indentificar, não há um “dom sobrenatural” para só algumas serem as “escolhidas”. É algo mais voltado para a fé, qualquer pessoa normal pode adquiri o conhecimento, é só colocar o coração”
Sua rotina é a mesma de qualquer pessoa: liga o rádio, toma um café, dá comida para os bichos…. A benzedura não pertence há uma religião. Não é dogmática
A prática mistura crenças de diversas culturas e crenças. Esse conhecimento ancestral foi passado de geração em geração. Entretanto, acabou perdendo força nas últimas décadas. O motivo? Provavelmente, o interesse das novas gerações diminuiu. Entretanto, ainda não é um fator que fizesse com que essas mulheres nunca mais fossem procuradas.
Há mais de 40 anos que a entrevistada relata benzer as pessoas. Sem cobrar nada. O máximo que acontece é que as vezes, as pessoas por gratidão, dão algo.
” Não o que a fé não possa curar”
Entrevistada
E você, já foi em alguma benzedeira?